Não eram tempos de bonança
Eu não tinha a manha de pular, pra dentro
Até pensei em casamento
E no bebê que não tivemos
Não tinha nada além do teu corpo
E do meu corpo pra sustar
O mistério necessário
Pra ficar
Então nos perdemos na estrada
Pra nunca mais
Carrego pro resto da vida
Como seria seu pulasse, pra dentro
Penso em você e na criança que não veio
Lembro do dia derradeiro
Nos despedimos sem beijar
Nem se quer tocar os dedos
Agora eu vivo como em pouco
E tenho ate um pouco pra gastar
Compro brinquedos pra mim mesmo
E imagino que sou pai
Por mais que a estrada nos separe você viverá
Sendo a minha mulher
Por mais que a estrada nos separe
Você morrerá sendo a minha mulher
A minha mulher
A minha