Flor,
Teu corpo, uma rosa
Teu corpo na roda
Teu corpo namora
Na avenida, a menina lançou seu apelo
À procura do amor e de um novo modelo
Na vitrine o biquini é um anzol
Na vidraça cheia de sol
Entre panos e cores alguém se reflete
Entre penas e dores convence e promete
Mundo novo de napa e cetim
Sonho antigo, ser manequim
Flor ganha o mundo num gesto breve
Flor veste aço e não sonha mais
Dor pesa o mundo em seu corpo leve
Luz, ocuspocus, papéis metais
Vem fazer amor e não chora mais
Despe panos e dores de entrega esquece
Entre panos e cores o amor acontece
A menina de aço da dor
Resta um corpo em festa e o amor
Teu corpo te resta
Teu corpo, uma festa