Numa casa do pecado
Terezinha se atirou
Por ter instinto perverso
Muitos lares desmanchou
Muitas mocinhas honestas
Do bom caminho tirou
Mas certo dia o destino
Uma filha lhe mandou. . .
Quando a criança nasceu
Consigo ela pensou
Não posso criar minha filha
Neste ambiente onde estou
Pegando um retrato seu
Numa medalha colocou
No pescoço da criança
A medalha pendurou.
Numa vila da cidade
A criança ela deixou
Uma velha pobrezinha
A menina encontrou
Com o nome de Maria
A inocente batizou
Maria ficou uma moça
De semblante encantador.
Para tratar da velhinha
Numa loja se empregou
Certo dia Terezinha
Por acaso ali passou
Vendo aquela linda moça
Logo ela se interessou
Vou garantir o meu futuro
As custas dessa linda flor.
A pobre moça enganada
Entrou pra vida da orgia
E apaixonou-se por alguém
Que encontrou na boemia
Esse alguém era Francisco
Cantor que ali exibia
Era amante de Teresa
Mas gostava de Maria.
Os dois jovens apaixonados
Certo dia combinou
De fugir e se casar
Mas Teresa desconfiou
E naquela mesma noite
Quando o baile terminou
Com dois tiros bem certeiros
Suas vidas ela tirou.
Maria na dor da morte
Na medalha ela pegou
Teresa soltou um grito
Quando a medalha avistou
Reconheceu seu retrato
E a filha que desgraçou
Pra cumprir o seu destino
Ali também se matou. . .