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João Boiadeiro

Sulino e Marrueiro

Lá pras bandas de andradina essa história eu vi contar
O senhor joão boiadeiro como tinha que viajar
Deixou vinte mil cruzeiro pra sua mulher guardar
Ela ia ficar sozinha e podia precisar
Pra sair fez este aviso: Gaste só no que é preciso
Que eu demoro pra voltar

Quando ele seguiu viajem ela pegou um caminho
E foi falar com seu pai que era o único vizinho
Contou que ele viajou mas deixou um dinheirinho
Trouxe aqui para o senhor me guardar bem guardadinho
Mas o velho arrespondeu só guardo o que é meu
Deixe lá em qualquer cantinho
Dali ela foi se embora na sua casa se fechou
Quando tava escurecendo alguém na porta chamou
Ela abriu era um andante que por pouso perguntou
Vendo que ele tava armado no dinheiro ela pensou
Mas com medo do que dó
Mandou dormir lá no paió assim mesmo ele aceitou

Lá por cima de umas paia ele mesmo se arranjou
E como tava cansado logo no sono pegou
Quando foi tarde da noite com barulho ele acordou
Era a mulher que gritava depressa ele alevantou
Com sua arma embalada
Dando com a porta fechada sem demora ele arrombou

Quando ele entrou na casa distinguiu na escuridão
Que um homem estrangulava a pobre mulher no chão
Deu dois tirou no malvado e acendeu o lampião
Ela levantou depressa pra ver quem era o ladrão
Deu um grito de agonia
Vendo seu pai que morria com o dinheiro na mão

Composição: Sulino,sebastião Vito





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