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Homenagem Ao Ferreirinha

Sulino e Marrueiro

A morte do Ferreirinha
Ficou na história gravado.
No rodeio de Pardinho
Vocês devem estar lembrado.
Quando o potro redomão
Nesse dia foi quebrado.
Eu sai do picadeiro
Pelo povo carregado.
A morte do Ferreirinha
Eu havia me vingado.

Ferreirinha no rodeio
Desafio nunca enjeitou.
Quando o coitado morreu
A noticia esparramou.
Teve gente que sentiu
Mas teve gente que falou.
Que o rapaz caiu do potro
Por não ser bom domador.
Isso foi mesmo que um tapa
Que no seu rosto acertou.

Pra responder esta pronta
E montar no redomão.
Foi o dia mais feliz
Pra minha vida de peão.
Quando o potro assassino
Rodopiou três vezes no chão.
Eu não vim atrás do premio
Nem fazer exibição.
Eu entrei neste rodeio
Pra cumprir com a obrigação.

Pelas ruas de Pardinho
Muitos foguetes explodiu.
Pra festejar as apostas
Muitas champanhas se abriu.
Ninguém pode imaginar
O que o meu peito sentiu.
Pra tirar a barda do potro
Montei nele sem lombio.
Pra mostrar que os Ferreira
São caboclos de brio.

Montado no redomão
No cemitério cheguei.
Pra Virgem Nossa Senhora
Uma prece eu rezei.
Onde dorme o Ferreirinha
Com respeito me ajoelhei.
Meu par de espora prateada
Na sua campa eu deixei.
Foi a ultima homenagem
Que pro meu irmão prestei.

Composição: Sulino





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