Eu Te procurei no vento forte que bateu
Vendaval que arrebentava tudo
Pois imaginei que só poderia estar ali
Aquele que detém todo o poder No sopro de Sua boca
Mas não, eu não Te encontrei.
Veio um terremoto e me tirou o chão dos pés
A paisagem toda foi mudada
Disse: "Agora sim!
Eu verei o Grande Oleiro
Que modela estrelas como fizesse um simples vaso de barro"
Mas não, não estavas lá...
Veio um fogo então,
Com tal requinte de esplendor
Certo é que não era deste mundo o seu calor
Eu gritei: "Enfim chegou com
Seus carros o Santo, O Santo!"
Não, inda não era o Senhor...
Brisa leve toca meus cabelos
Pluma, pétala,
O deslocar de um anjo muito leve
Tu vieste a mim
Leve, leve...
A Santidade é leve
Rubro o rosto
Alma ao chão prostrada
Leve, leve...
A Santidade é leve
Muito leve...