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Biografia de Slechtvalk

Eles são amados, eles são odiados: Slechtvalk. Quando nós vemos as críticas em todo o mundo vemos que Slechtvalk é uma das mais promissoras bandas holandesas de drak/black metal do momento. Carregando o nome da veloz e sanquinolenta ave de rapina, a banda sabe criar um som característicos em suas musicas. Slechtvalk combina o bombastico som de Dimmu Borgir com o veneno de Dark Funeral, e além disso a criatividade do antigo After Forever. Uma poderosa mistura que vem criando amigos e inimigos.

O primeiro album da banda, “Falconry”, foi gravado em 2000 pelo selo holandes Fear Dark. Nessa época Slechtvalk contava com um único homem para o projeto, para o vocal e a guitarra, seu nome: Shangar. A mistura de dark e black metal foi recebida muito bem pelas revistas especializadas, incluindo Aardschok, que chegou a entrevistar a banda. Depois disso Slechtvalk começou a ser conhecida na cena do metal dark/black holandês. E isso não tem mudado desde então.

Shangar tirando vantagem de sua reputação tentou formar uma banda real. Ele conseguiu e em 2002 eles visitaram o Mailmen Studio na Holanda para gravar o seu segundo album. Como um teaser ele fez em conjunto com a banda Kekal um split cd que foi muito bem recebido e no final de 2002 ele lançou o seu novo album ‘The War That Plagues The Lands’, com um trabalho artistico estupefaciente do artista belga Kris Verwimp (Marduk, Immortal, Absu).

Desde o lançamento de Falconry em 2000, o Slechtvalk já tinha causado muito estardalhaço na cena do metal cristão. Na época o emblemático nome era ostentado por um único integrante, Shamgar, que fora responsável por todos os instrumentos e vocais do disco citado.

Agora estabilizado, a formação conta com Shamgar nos vocais, Ohtar na guitarra, Nath no baixo, Grimbold na bateria, Sorgier nos teclados e a bela Fionnghual nos backing vocals sopranos.

Há algumas barreiras a serem quebradas para você ouvir o Slechtvalk (mais fictícias e preconceituosas, do que reais na verdade). É uma banda cristã praticando black metal sinfônico. Se conseguir passar por elas terá belos e memoráveis 63 minutos pela frente.

Para os puristas de plantão é bom avisar que o som praticado pelo sexteto é Black Metal Sinfônico, sem exageros, e com adicional de vocais femininos. Se você disse “Sim, nenhum problema” e optou por seguir em frente, parabéns, vai ter a oportunidade de conferir um black metal sinfônico muito bem feito por estes holandeses, donos de muita classe, criatividade e bom gosto.

Os backing vocals femininos (e também masculinos em alguns casos) conferem uma singularidade tocante em faixas como "A Plea For The King" e "My Last Call" (a obra prima do álbum) e "In Paradisum". Vozes belíssimas são permeadas por teclados climáticos, instrumental variado e harmonicamente perfeito, dentro das limitações que o estilo impõe.

Agonizante e soturno quando necessário, brutal e veloz quando preciso, melódico como de praxe, o Slechtvalk caminha intacto pelo mar de bandas que se perdem em muitos rodeios, ostentações e exageros comuns quando se trata deste estilo.

Não se preocupe com medo de dar bocejos. "Of Slumber And Death", "Burying The Dead" e "From Behind The Tress" garantem o peso abismal, com direito a bateria veloz, baixo encorpado e guitarras viajantes.

Conceitual, a estória contada em "The War That Plagues The Land" é na verdade um pretexto para divagar sobre as aflições e crueldade presentes na personalidade humana, e as conseqüências que isso traz. Com certeza não temos nenhum show de criatividade e brilhantismo nas letras, mas são bem apropriadas ao estilo.

O que garante a audição agradável do material, sem risco de se tornar cansativo, é a boa variedade entre as músicas, uma mescla bem feita entre o black metal mais cru e puro com a sonoridade que o black metal adotou nos últimos anos, com teclados e vocais femininos, os quais me agradam. Para um próximo trabalho eles poderiam aprimorar ainda mais a parte lírica, o entrosamento e empregar maiores doses de técnica. O vocal de Shamgar também pode ser bastante aperfeiçoado. Alguns ajustes que firmarão o nome da banda como uma das melhores bandas de black metal da Europa.