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De Rachar As Canela

Sina Gaúcha

Boleei a perna num rancho de capim
A cordeona gaguejava num floreado bem assim
Num chão batido de leva bruto e cupim
A polvadeira subia de retoço aos camuatim

Berei pro campo e fui ajeitando a fivela
A poeira secou minha goela e pro bolicheiro eu gritei
Venho de longe cheguei aqui por extinto me despache um vinho tinto
Que deste ambiente eu gostei

Carquei um gole entonado igual sentinela
Fiz sanha pra uma magrela convidando pra um bailado
Já de vereda me boleei entreverado
Bem chinchadito proseando no ouvido dela
A noite encurta quando se apruma um romance
Nesses farrachos que o tranco não atropela
E a gaita velha bufando a noite inteira
Numa vanera dessas de rachar as canela

Conheço a morte quando me topo na estrada
Pra um baile de cola atada sei que a prosa é diferente
Vou me guasqueando na polvadeira entretido
E tudo fica divertido do quinto gole pra frente

Sigo golpeando, biqueando e desfiro lasca
E o movimento da tasca me deixa de prontidão
Eu sou de fora me governo neste assunto
Quero dançar de pé junto nem que me gaste o garrão

Carquei um gole entonado igual sentinela
Fiz sanha pra uma magrela convidando pra um bailado
Já de vereda me boleei entreverado
Bem chinchadito proseando no ouvido dela
A noite encurta quando se apruma um romance
Nesses farrachos que o tranco não atropela
E a gaita velha bufando a noite inteira
Numa vanera dessas de rachar as canela






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