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Imensidade

Simone Guimarães

Belas, são belas tão belas
Dançam, crianças lá na favela
São estrelas as janelas
Galopando pelos ventos
que correm nos pensamentos
O vento sopra esperança
Eu estou cá na cidade
e fico espiando o morro
e quando um samba vem de lá
é feito uma oração
Bocas, são bocas de mil escravos
São homens fortes e bravos
e belo como é seu canto
que vem do rugir das matas
O canto sopra esperando
e rola na imensidade
e varre de nós a fome
e tira esse cão das tardes,
das manhãs, são os tam-tans,
voz de libertação.
Gatas, mulatas filhas das matas,
morena lá do cinema,
com suas plumas de penas,
apaixonando a cidade;
menina da cor das águas
deixou louco o estrangeiro:
queira porque queria,
queria ser brasileiro
e de manhã veio Iansã
levar seu coração.

Gravado no cd Virada pra Lua - Azul Music (2001)






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