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Seresta N° 5

Sílvio Caldas

Na solidão da minha vida,
morrerei, querida, do teu desamor,
muito embora me desprezes,
te amarei constante,
sem que a ti distante
chegue a longe e triste voz do trovador.
Feliz te quero! Mas se um dia
toda essa alegria se mudasse em dor,
ouvirias do passado, a voz do meu carinho
repetir baixinho, a meiga e triste confissão
do meu amor.






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