Aonde estão teus sobrados,
De longos telhados,
E teus lampiões?
E os moços da academia,
Na noite tão fria,
Cantando canções?
E sinhazinha delgada,
Pisando a calçada,
Na tarde vazia?
O tempo tudo mudou,
Mas não apagou,
A tua poesia.
Não mudou,
Não se apagou,
A tua sedução,
A garoa,
Cai atoa,
Pra guardar,
A tradição.
São Paulo num só minuto,
É o Brás, Tietê, viaduto,
Barracas de flores,
E a multidão.
Os Pardais,
Em madrigais,
O sol rasgando a cerração,
E a noite com seus pintores,
Apagando, acendendo em cores,
Teu nome, no meu coração...
Teu nome, no meu coração