A noite cai em agonia
Surgem os primeiros raios
Na moldura do horizonte
Iniciam seus ensaios
Doura-se um monte
Os ramos que são mais felizes
Porque moram bem no alto
Logo pintam-se matizes
No cimo do planalto
Sai da sombra um novo dia
E a luz da madrugada
Acorda, suavemente, os passarinhos
Sem querer assustar os que estão nos ninhos
Depois, vai saldar os velhos troncos e as folhagens
E gritos, pios, uivos, guinchos, roncos
Em acordes selvagens iniciam a alvorada