Olhem quantas crianças estão
Armadas, perdidas.
À noite posso enxergá-las bem longe...
Seus olhos não guardam a pureza que houve
Por tantos dias
Nos campos secos, escuros,
Sem uma folha erguida...
E, quando amanhece, jogadas ao chão,
Despertam famintas
O peito poderia guardar a dor
Mudar a cor dessa história...
Mas essa dor costuma vir lenta
E dói demais
E esse sangue que escorre dessa carne louca
Molha tua boca de paz.