Lá no sertão cabra macho não ajoelha
Nem faz parelha com quem é de traição
Puxa o facão, risca o chão que sai centelha
Porque tem vez que só mesmo a lei do cão...
É lamp, é lamp, é lamp
É lampião,
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Enquanto a faca não sai toda vermelha
A cabroeira não dá sossego não
Revira bucho estripa corno, corta orelha
Quem nem já fe virgulino, o capitão
É lamp, é lamp, é lamp
É lampião,
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Já foi-se o tempo do fuzil papo amarelo
Prá se bater com poder lá do sertão
Mas lampião disse que contra o flagelo
Tem que lutar com parabelo na mão
E é lamp, é lamp, é lamp
É lampião
É lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Falta o cristão aprender com são francisco
Falta tratar o nordeste como o sul
Falta outra vez lampião, trovão, corisco
Falta feijão ao invés de mandacaru
Falta a nação acender seu candeeiro
Faltam chegar mais gonzagas lá de exu
Falta o brasil de jackson do pandeiro
Maculelê, carimbó, maracatu
Composição: Lenine / Paulo Cesar Pinheiro