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Sede De Carinho

Sergio Reis

Na grande escola da vida a gente aprende a viver
No palco do bem querer se aprende a arte de amar
No recanto do desprezo se aprende a viver sozinho ,
E na ausência de carinho a gente aprende a cantar.

Ser poeta é viver cantando, mas com a alma inconsolada
E ter tudo e não ter nada qual flor que morre na lama
Ser poeta é querer da vida o amor que a sorte trunca
Ser poeta e não ter nunca a mulher que a gente ama.

Por isso tornei-me poeta, mas não canto alegria
É que a mulher que eu queria tomou rumo diferente
Quanto mais tento esquece-la mais minha saudade cresce
Por que a gente nunca esquece de quem esquece da gente

Na sombra dos desenganos minha lama triste vegeta
Meu lindo sonho de poeta aos bandos também se vão -
Igual ave dos sertão vou procurar outro ninho
Pra que a sede de carinho não mate meu coração!

Composição: Arlindo Silva dos Santos/Osvaldo Porto Flores





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