Retirou o trinco da cancela
Dentro da fazenda do meu peito
Pôs o seu sorriso na varanda,
Descansou seu dorso no meu leito.
Bebeu da água limpa do meu rio
Correu no verde pasto do meu campo
No gosto doce desse amor brioso
Quero galopar de novo no teu corpo maravilha –
Dentro da fazenda do meu peito
Eu preciso dar um jeito de amansar essa novilha.
A porteira do meu coração se abriu
Ela entrou e nunca mais saiu –
A porteira do meu coração se abriu
Ela entrou e nunca mais saiu.
Nos mourões, na cerca, na cocheira
Tem uma paixão que o vento espalha
Fere com esporas minha alma
Molha meu amor, chapéu de palha.
Quero me encontrar nos teus encantos
Desfrutar nas sombras dos teus beijos
Gosto da emoção da tua boca
Me entreguei de rédeas soltas alazão quarto de milha.
Dentro da fazenda do meu peito
Eu preciso dar um jeito de amansar essa novilha.