Tony Damito
Cururu
Eh, irmão... eh! Irmão
Eu sou nascidos das veredas do sertão
Eh! Irmão... Eh! Irmão
Eu sou valente, eu sou filho de peão.
Por aquelas cercanias
Muitas léguas percorria no meu belo alazão
Labirintos e enredos
Eu tomava por brinquedo dentro da escuridão.
A pintada amoitada
Eu pegava de emboscada sem levar um aranhão
Cavalgava noite inteira
Sem perder a estribeira, sem, temer assombração.
Dentro desses minhas veias
Corre sangue coma areia do bendito chão caboclo
O meu pai em ensinou
Fazer tudo com amor mas se preciso, dar o troco.
Quando meu filho crescer
Quero vê-lo aprender o que meu pai me ensinou
Quando eu em aposentar
Pra ele quero deixar o laço do seu amor.
Nos cerrados, nas Campinas
Eu mostrava minha ginga ao laçar um boi matreiro
Se aboiada estourava
Num instante eu ajuntava por eu ser bom boiadeiro
De uma coisa eu ando certo
Mesmo longe eu estou perto daquele tempo que foi...
Quando por Deus eu for chamado
Eu quero ser transportado num velho carro de boi.