Chega sem pedir
Com desejo de matar
Vem pra destruir
Toda paz que se mostrar
Diz logo o que quer
E o tanto que é capaz
Tenta se esconder
Muito além das máscaras
E o seu golpe é covarde
Nem dá pra acreditar
Cria pouco alarde
Pra depois implantar
O inferno no ar
Veja este lugar
Ou o que dele ainda restou
Tanta gente só
Tentando sobreviver
Cada um com seu
Desespero ou êxtase
Partilhando a dor
Ou quando é feliz
Sonhos perdem
Se refazem
Deixam de existir
Somos gado de abate
Você tanto quanto eu
E antes que você me mate
A sangrar, que não seja eu
Devo matar?
Minhas próprias mãos me traem
Minhas próprias mãos não fazem
Meus olhos já não podem crer
No que as minhas mãos me trazem
Minhas próprias mãos se calam
Minhas próprias mãos não falam
Meus olhos já não podem ver
O que as minhas mãos capazes
Minhas próprias mãos me traem
Minhas próprias mãos não fazem
Meus olhos já não podem crer
No que as minhas mãos me trazem
Minhas próprias mãos se calam
Minhas próprias mãos não falam
Meus olhos já não podem ver
Mãos me traem
Não posso ver, não posso ver
O que me trazem
Não posso ver
Com meus olhos tão cobertos de sangue
Com meus olhos tão cobertos de sangue
O diabo está tocando o piano
O diabo está tocando o piano
Não posso ver, não posso ver
Com meus olhos tão cobertos de sangue
O diabo está tocando o piano
Composição: Carlos Vinicius Ribeiro