Madeira de lei na mata acabou
Lá em Brasília ela se multiplicou
Madeira de lei na mata acabou
Lá em Brasília tem (Cara de Pau)
Cara de pau-Brasil, peroba
Embuia, embrulhação
Muito cacique sem curso de índio
para uma nação
(Cadê, cadê)
Cadê minha cara pintada
A água lavou, o tempo levou
Meus princípios de índio alguém barganhou
Quem sou eu?
Cheio de amor
Sou Imperador
Lutando, pelos princípios dessa gente
Preservar a natureza
O mar de Xaraés
Larga o jacaré
Não me angana
Jibóia some
E na Europa vira grana
E o meu povo apertado
Tão largado na favela e no mundão
Debaixo da ponte o metro quadrado
Valorizado com essa inflação
Dá o que é meu (Me dá, me dá)
(Meu pedaço de chão)
Brasileiro planta e colhe
Nessa terra de meu Deus
Sem ter na mesa o pão.