O sistema educacional é uma comédia
O hino era cantado e na fila tinha regra
O braço era estendido a distancia era correta
O exercito infantil sonhava em ir pra guerra
Pra defender a pátria amada, onde milhões estão na miséria
Eu caí foi na real, o professor vendeu o canto a nossa divida externa
Blá! Merda! De novo enganando
O nosso hino é pipoco de madrugada e embaçado
Se não for firme e forte segue o caminho errado

Nós estamos aqui no frio
E eles aquecidos bebendo vinho dentro dos palácios
Ouviram do Ipiranga tiros
Nos palácios os reis se aqueciam do frio com vinho
Ouviram do Ipiranga independência ou morte
Muitos se foram foi falta de sorte
Realidade estampada no rosto dos meninos
Com cinco anos de idade já aprendeu a cantar o hino
Desde pivete conformado com a pobreza
Cresceu e aprontou e caiu na fortaleza

Oh, situação que pouca gente suporta
É aí que eu lhe pergunto, pra que ser patriota
Pra jurar bandeira se isso tudo é besteira
Ser forçado a dizer o que não é brincadeira
Eu não vou nessa de servir a pátria
Exército, marinha se pá aeronáutica
E mais ou menos por aí que eu me indigno
Não vou ficar sorrindo enquanto tiros for nosso hino
As margens do cruzeiro resplandecem
Os navios e suas bombas atômicas se aquecem
A periferia padece, o nosso povo apodrece

Os fariseus e sadoceus o que sucedeu
Roubaram o dinheiro meu e o seu, não entendeu? Nem eu
Por isso que meu ancestral sofreu
Agora eu quero o outro que ainda há na minha terra
Luto pela paz, se precisar eu faço guerra
Você privatizou a minha vida pela divida externa
Gasta bilhões em armas enquanto milhões estão na miséria
Ei Brasil qual é o seu negócio? Eu quero ser seu sócio
Eu terço da sua grana já dá pra ajudar o próximo