Veio para o Rio de Janeiro ainda pequeno. Em 1923, ingressou na Escola Dramática Municipal, onde iniciou sua carreira no teatro. Em seus 50 anos de carreira artística, trabalhou principalmente como ator em dezenas de peças de teatro, telenovelas e no cinema.
Foi como letrista que deixou sua contribuição para a música popular brasileira. Seu grande parceiro foi Custódio Mesquita. Começou na vida artística pelo teatro. Trabalhou na Companhia de Lucila Pérez e depois nas de Leopoldo Fróes, Abigail Maia e outras. Em 1930, passou a trabalhar em rádio, primeiro no Programa Casé. Foi um dos primeiros atores brasileiros a adotar o método do teatrólogo russo Constantin Stanislavski (1863-1938).
Em 1938, escreveu uma opereta em parceria com Custódio Mesquita: "A Bandeirante", encenada em outubro do mesmo ano, no Teatro São Pedro, em Porto Alegre, RS. Em 1940, escreveu letras para composições de Custódio Mesquita, que se tornaram grandes sucessos na voz de Sílvio Caldas: "Mulher" e "Velho realejo". A primeira é um fox, de letra inspirada, aproveitado como tema em seriado de mesmo nome, produzido pela TV Globo quase 50 anos depois de composto, pelo cantor Emílio Santiago.
Em 1941, compôs, também em parceria de Custódio Mesquita, valsas como "Pião" e "Bonequinha", gravada por Carlos Galhardo na RCA Victor. Em 1943, Carmen Costa gravou a valsa "Velho realejo", em ritmo de samba. Esta valsa foi regravada dois anos depois pelo grupo Anjos do Inferno. Em 1946, teve o choro "Ciúmes", poarceria com David Raw, gravado por Rubens Peniche.