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Abigail

Sabinada

Quem vê este delírio,
Com que eu ando, procurando,
O meu perdido amor, nos cabarés,
Já sabe que eu sou um apaixonado, abandonado,
Mas ninguém sabe ao certo, quem tu és,
Uns dizem que eu procuro, por Alice,
Que tolice,
Alice, já tem outro sofredor,
Uns dizem que é Izaura,
Que é Judite, é só palpite,
Por que, ninguém conhece o meu amor,
Enfim, porque guardar tanto segredo,
Deste enredo,
Eu acho até melhor desabafar,
Gritando aos quatro cantos, da cidade,
Esta saudade,
Que é como um círio aceso, sem altar,
Aquela que eu procuro, é uma escultura,
Sem pintura,
Seu nome verdadeiro, é Abigail,
E além de ser em tudo, uma obra prima,
É linda rima,
Em cima das seis letras, do Brasil.






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