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Dona

Sá e Guarabyra

Dona
Desses traiçoeiros
Sonhos
Sempre verdadeiros
Oh, Dona
Desses animais
Dona
Dos teus ideais

Pelas ruas onde andas, onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros esperando a tua voz
Teu desejo uma ordem, nada é nunca, nunca é não
Por que tens dessa certeza dentro do teu coração

Tam, tam, tam, batem na porta, não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência do teu pulso de mulher
Um olhar me atira à cama, um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo porque sei que és minha dona

Dona
Desses traiçoeiros
Sonhos
Sempre verdadeiros
Oh, Dona
Desses animais
Dona
Dos teus ideais

Não há pedra em teu caminho, não há onda no teu mar
Não há vento ou tempestade que te impeçam de voar
Entre a cobra e o passarinho, entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho nos carregam pela mão

É a moça da cantiga, a mulher da criação
Umas vezes nossa amiga, outras nossa perdição
O poder que nos levanta, a força que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe que isso tudo te faz dona...

Composição: Guarabyra / Luiz Carlos Sá





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