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Busto Calado

Rubens Silva

Vila Isabel,

Vive hoje em silencio profundo,

Não tem mais seresta,

Não tem mais sambista,

E nem vagabundo.



Lá não existe,

Mais roda de samba,

Formada na rua,

Não tem mais beleza,

Tudo é tristeza,

Nas noites de lua,

E hoje quem passa na Vila,

Lembra o seu passado,

Porque vê com tristeza,

O busto calado,

Do saudoso Noel,

Que parece dizer,

"Quem, nasce lá na Vila,

Nem sequer, vacila,"

Mas tudo isto, passou,

Depois da sua partida,

Que foi e é sempre sentida,

O teu lugar de sambista,

Ninguém ocupou,

(não senhor !)






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