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Rubra Alma

Rosa De Saron

Fechar os olhos pra não ver ao seu redor
Não faz desaparecer do pensamento
A desconcertante dor na face do amor

Negligência em suas mãos é o penhor
Da injustiça que alimenta e fortalece
A injustificável poda da flor

É preciso ser a voz dos que nunca puderam falar
A voz que não se quer calar
Um inocente cai e nossa alma fica manchada de rubro

Coerência estilhaçada cai pelo chão
Os que creem se omitindo e se esquivando
Como se bastasse apenas o erguer de suas mãos

Grito preso na garganta que se soltou
O insuficiente é muito quando o nada é a última cartada
E não lhe sobra opção

Composição: Eduardo Matheus Affonson Faro, Rogerio Feltrin





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