Folha Seca (Toada) Rolando Boldrin
Autor: José Fortuna
A foia seca cai na mata verdejante
Que o vento leva distante do ramo que ela nasceu
o meu destino é igual a foia seca
por também me ver distante de um amor que já foi meu
A foia seca do ramo cai, o vento leva, não vorta mais
e o corguinho corre-corre sem parar vai carregando as foia seca para o mar
enquanto eu choro suspiro em vão como uma foia na solidão
enquanto aquela que eu amava não vortá
esses meus olhos não se cansam de chorar.
O meu destino é viver abandonado
foi tão triste o meu passado cheio de desilusão
por isso hoje tudo no mundo é tristeza
eu pertenço a natureza como as foia do sertão
A foia seca do ramo cai, o vento leva, não vorta mais.
e o corguinho corre-corre sem parar vai carregando as foia seca para o mar
enquanto eu choro suspiro em vão como uma foia na solidão
enquanto aquela que eu amava não vortá
esses meus olhos não se cansam de chorar.