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Êta Mundo

Rolando Boldrin

Ei, êta luta, êta mundo, lá, lá, rá,
Ei, êta luta, êta mundo, lá, lá, rá.
Andei por cima de pedras
Pisei como um cego santo
Abandonei a familia
Alvoraçada de espanto
Seguindo caminhos duros
De serras e desencantos
Arrematando os meus versos
Nas noites sem acalanto
Carreguei meu cravinote
Só mesmo por garantia
E também minha viola
Pra cantar o que eu sabia
Deixei crescer minha barba
Mudei de fisionomia
Mas cá dentro do meu peito
Não mudava o que sentia
Ei, êta luta, êta mundo, lá, lá, rá,
Ei, êta luta, êta mundo, lá, lá, rá.
Ensinei a meninada
As toadas do sertão
Pra cantar de madrugada
Nas festas de mutirão
Falei tudo o que eu pensava
A que nunca tinha visto
Falei de coisas passadas
Nos tempos de Jesus Cristo
Nas histórias que me valem
Dos amores e perdão
Falei a minha verdade
Em forma de oração
Hoje eu volto machucado
Pelas cruzes deste mundo
Pro meu antigo reinado
E sou chamado vagabundo
Ei, êta luta, êta mundo, lá, lá, rá,
Ei, êta luta, êta mundo, lá, lá, rá.

Composição: Rolando Boldrin





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