George Roger Waters (Great Bookham, Surrey, 6 de Setembro de 1943) é um músico e compositor britânico de rock, mais conhecido por ter sido o compositor, vocalista, baixista e um dos fundadores do Pink Floyd.
Após outro dos fundadores, Syd Barrett, ter abandonado o grupo devido a doença mental e a abuso de drogas, no fim dos anos 60, Waters definiu a direcção artística da banda, e em conjunto com o guitarrista, vocalista e compositor, David Gilmour, levaram os Pink Floyd para o centro das atenções, produzindo uma série de álbuns que continuam entre os mais aclamados pela crítica e dos mais vendidos de todos os tempos.
A relação de Waters com Gilmour foi-se tornando tensa nos finais dos anos 70, à medida que Waters ia exercendo cada vez mais o controle criativo sobre o grupo. A última colaboração Waters/Gilmour, The Final Cut de 1983 foi creditada como sendo um trabalho de Waters, com música tocada pelos Pink Floyd. Waters deixou a banda e o desacordo sobre a intenção de Gilmour continuar a usar o nome dos Pink Floyd levou-os à barra do tribunal. Waters argumentava que tendo a banda sido criada por ele, Syd Barrett, Nick Mason, e Richard Wright, não havia razão para o grupo continuar a se chamar Pink Floyd, devido ao facto de contar apenas com um dos elementos originais, (Wright havia deixado a banda antes da gravação de The Final Cut). Outro dos argumentos de Waters era o facto de ser o autor da maior parte das letras das músicas dos Pink Floyd desde o abandono de Syd Barrett. Mesmo assim, Gilmour ganhou o direito de usar o nome dos Pink Floyd e a maioria das suas músicas, ficando Waters apenas com os direitos do álbum The Wall e de todas as suas músicas.
Roger Waters foi considerado o 22º melhor baixista do Milênio, numa lista divulgada pela revista Guitar, há poucos anos. Após sair do Pink Floyd, Waters embarcou numa carreira a solo, editando três álbuns e a trilha sonora de um filme, não conseguindo grande expressão ao nível das vendas. Depois de Amused to death de 1992, Waters passou a maior parte dos anos 90 a compor uma ópera chamada Ça Ira estando até à data 2004, incompleta embora algumas partes fossem já ouvidas publicamente. O lançamento da ópera foi em 27 de setembro de 2005.
Após a destruição do Muro de Berlim em 1989, Waters produziu em 21 de Julho de 1990 em Berlim um grande concerto de “The Wall” com fins de solidariedade e para comemorar o fim da divisão entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. O concerto teve lugar na Praça de Potsdamer um local que fazia parte da terra de ninguém do Muro de Berlim, foi considerado o maior concerto de sempre e teve como artista convidados Bryan Adams, The Scorpions e Van Morrison entre outros.
Depois de um longo hiato, Waters voltou à estrada outra vez no final dos anos 90, tocando as suas músicas mais conhecidas do tempo do Pink Floyd juntamente com material da sua carreira a solo, tendo conseguido audiências muito razoáveis. Sabe-se também que tem trabalhado num novo álbum com o nome de trabalho de “Heartland” que sairá a público em 2006. Possivelmente este álbum, o quarto da sua carreira pós Pink Floyd, terá duas faixas já editadas nos álbuns In the flesh live contando com a participação do guitarrista Doyle Bramhall II e Flickering flame: The solo years Vol 1 respectivamente.
O pai de Waters, Eric Fletcher Waters, soldado dos Royal Fusiliers do Regimento de Londres, perdeu a vida na 2ª Guerra Mundial na campanha de Anzio (que é descrita em “When the tigers broke free”). Esta perda é inspiração para muitos dos trabalhos de Waters.
A Miramax Films anunciou em meados de 2004 uma produção de “The Wall” para a Broadway, tendo Waters um papel proeminente nessa produção.
Em Setembro de 2004 Waters publicou duas novas faixas: "To kill the child" e "Leaving Beirut" apenas para a internet; um CD single foi lançado apenas no Japão. Ambas as faixas são inspiradas na invasão do Iraque pela Inglaterra e Estados Unidos em 2003. A sua mensagem era clara em versos como: "Oh George! Oh George! That Texas education must have fucked you up when you were very small" (Leaving Beirut). Esta, inclusive, é apresentadas no atual "tour" do cantor pelo mundo, intitulado The Dark Side of the Moon (O Lado Negro da Lua).