Natural de São João Nepomuceno, Roger aprendeu suas primeiras notas musicais aos sete anos, com o avô, Sebastião Itaborahy. O cavaquinho foi seu grande companheiro de infância que passou a figurar mais tarde, nas escolas de samba da cidade.
Obra do acaso, ou não, seu primeiro envolvimento com a música se deu através do samba. No período da adolescência, ele até inovou com outros estilos e passou por bandas de rock, mas ao conhecer Tom Jobim, Vinícius De Moraes, Chico Buarque e Caetano Veloso viu que a sua praia era mesmo a MPB.
Durante nove anos, o artista viveu no Rio de Janeiro e por lá garante que adquiriu sua maturidade profissional. "Fui para acompanhar meu primo, Ricardo Itaborahy, em uma de suas apresentações, até que chegamos a tocar no "Vinícius", lugar considerado o templo da bossa nova", recorda.
Os bons ares o levaram ao encontro de Tereza Bessil, sua professora de canto, que mais tarde veio se tornar sua parceira musical. "O marco da minha carreira foi conhecer a Tereza. Foi aí que entendi o que era música, o que era arte e passei a me considerar parte dela". Em 1997, a dupla registrou seu trabalho com a gravação de um CD Ao Vivo, dedicado a MPB.
"Voltei à Juiz de Fora, em 1999, para reencontrar as coisas que sempre gostei de fazer". O retorno garantiu ao cantor boas surpresas.
Após um show em sua cidade natal ao lado de Dudu Lima e Fofim, Resende gravou seu primeiro disco autoral. Logo depois, foi convidado pelo músico Márcio Gomes a ingressar no projeto Ernani Ciuffo, que rendeu o CD Roger Resende Canta Ernani Ciuffo - O Filósofo do Samba, patrocinado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei Murilo Mendes.
No ano de 2003, Roger teve a idéia de introduzir o samba no cenário juizforano. Ao lado de Nanda Cavalcante, Márcio Gomes, Casé, Fernando e Toinho aconteceu sua primeira apresentação no projeto Nossa Música, da FUNALFA.
"Resolvemos mostrar esse trabalho nas casas da cidade e chegamos ao Muzik. Não imaginávamos que o público ia ser tão receptivo". Todo esse trabalho feito com o coração originou uma febre de rodas de samba pela cidade. "Hoje temos de quatro a cinco grupos que tocam em JF, o que é muito bom".
O grupo marca essa onda de sucesso com o lançamento do disco Samba & Cia, previsto para o final de 2004. "Estamos comemorando 1 ano de grupo e queremos presentear o público com as músicas mais pedidas durante os shows, como Sem compromisso, de Geraldo Pereira e Fita Amarela, de Noel Rosa.