Oh que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando, folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade, tão escuro
Não tem aquela saudade, do luar lá do sertão!
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata, prateando a solidão
E a gente pega na viola e ponteia
E a canção e a lua cheia, a nascer no coração
Não há, ó gente, oh! Não ...
... ... ...
Quando vermelha no sertão desponta a lua
Dentro da alma flutua, também rubra nasce a dor
E a lua sobe e o sangue muda em claridade
E a nossa dor muda em saudade, branca assim da mesma cor
Não há, ó gente, oh! Não ...