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Deusa do Cassino

Roberto Silva

Ninguém foge a seu destino
E por isso num cassino
Eu vim a te conhecer
Como louca borboleta
Volúvel como a roleta
Deusa do luxo e do prazer

Sentada na minha frente
Jogavas nervosamente
Sem acertar uma vez
Era um duelo de morte
Que sustentavas com a sorte
Com seu destino talvez

As tuas mãos vaporosas
Mexendo as fichas nervosas
Tinham presos os olhos meus
Nas fichas mais valiosas
Nas dez fichas cor de rosa
Das pontas dos dedos teus

A tua boca vermelha
Com as copas se assemelha
No seu feitio e na cor
Boca que fale um tesouro
Vale mais que um ás de ouro
Numa seqüência de amor






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