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Luzia

Roberto Riberti

A tristeza amargava
A vida da pobre Luzia
E a apatia aumentava
E a esperança era vaga, escorria
A lembrança rondava
As suas noites de insônia
E ela então levantava
De sua cama e abraçava a ventania

Dançava com vento
Da dor se despia
Deitava no frio do cimento
E o quintal era o leito
Que amor, que magia.

Que louca alegria
Sonhava Luzia
E se desfazia
E se derretia ao calor do vento.

Ninguém compreendia
A louca Luzia
Que no pensamento
Inventava um jeito
De arrancar do peito aquela agonia.






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