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A Boa Vista De Um Peão De Tropa

Roberto Martins

Sob o sol da minha existência , arralbadeira conforme a vontade
Me serve um mate "pampa-minha" nesta vidinha que me destes...
Antes que embeste a novilhada pra o mundo alheio das porteiras
Saúdo a poeira destas crinas que me arrocinam sujeitando...
E da garupa de um cavalo faço um regalo a ventania
Que na poesia dessas léguas tomo por rédeas e conselhos
Chamo no freio a coisa braba, o tempo é feio, mas o que importa
Quando se engorda na invernada, não falta nada pra quem baba
De focinho levantado e mais curioso!
Afim de ir, à estância do passo
Na direção de casa costeando o arvoredo
O meu desespero porfia com a tropa
Fazendo o que gosta ao sul de mim mesmo!
E todo bem que havia maneado ao destino
Divide caminho com a rês que amadrinha
O rio que não via, mimando de sede a minha saudade!

Na revisão dos meus afazeres rememorados conforme a manada
Vou ressabiando afeito a fadiga as horas mingas de sossego...
Talvez melhore durante a sesteada sou de onde mais me agrada a campanha
Tamanha alma de horizonte ali de fronte aos cinamomos...
Já não habita a teimosia, atropelando o meu rodeio
Quando me agüento no forcejo pra erguer no laço os caídos...
Não me lastimo nem receio, vou pelo meio do sinuelo
Tocando manso os mais ariscos
Só pelo vicio de por quartos, cuidar do gado,
Rondando o baio que amanuseio!






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