Nascida na capital paulista, Roberta di Angellis mudou-se com a família ainda bem pequena para Vitória (ES).
Lá, descobriu, no coral infantil da igreja que freqüentava, sua vocação para a música.
Algum tempo depois, viria o primeiro LP, pelos idos de 1989.
Um ano depois, Roberta veio para o Rio de Janeiro e começou o trabalho de divulgação do seu disco. Mas a vida como independente não era nada fácil.
“Eu e meu pai percorríamos várias rádios, íamos a diversas gravadoras, mas nada acontecia”. Até que a música foi parar na Rádio Melodia.
“Posso dizer que, a partir desse momento, tudo mudou. Passei a receber vários convites e as portas começaram a se abrir”, conta.
Tanto se abriram que Roberta, após um teste, foi convidada a fazer parte do Altos Louvores, grupo que, na década de 90, revelou inúmeros cantores de talento, como Sérgio Lopes, Eyshila, Marquinhos Gomes, entre outros.
Com o Altos, Roberta gravou três discos, de repercussão nacional. Até que, no final de 93, desligou-se do grupo para se dedicar a outro chamado: o ministerial. Mas o desejo de voltar a cantar ainda existia em seu coração. “Foram anos esperando a boa e agradável vontade de Deus na minha vida.
Passei por alguns desertos, mas hoje vejo os mananciais à minha frente. Sinal de que essa é a hora do Senhor para a minha vida!”, declara a cantora.
A ‘hora’ a que ela se refere é sua contratação pela gravadora Top Gospel. Roberta esteve na gravadora no início de maio e trouxe um CD de demonstração para a diretoria da Top ouvir. Todos ficaram surpresos com a sua voz, letras e, principalmente, interpretação, tanto que a negociação para a assinatura do contrato demorou apenas algumas semanas. “Estávamos em busca de novidades e creio que acertamos em cheio com a contratação da Roberta.
O trabalho dela vai surpreender o público, porque é diferente de tudo que temos no mercado”, revela a diretoria da gravadora carioca.
O CD está, realmente, primoroso. São 13 músicas, todas de autoria de Roberta, com exceção de “Ao terceiro dia”, composição que ela divide com Leonardo Lóis. A produção musical ficou a cargo de Anderson Gomes, que provou ter sensibilidade em cada arranjo e soube mesclar a voz forte de Roberta com sons de violinos, guitarras e outros instrumentos que dão um certo ar clássico ao disco.
“O CD está diferente de tudo que já fiz, e essa mudança no estilo foi inspiração do Senhor.
Ele foi direcionando a escolha do repertório, as músicas, tudo. Creio que será um trabalho que falará tanto aos corações do que já são de Jesus quanto daqueles que ainda não conhecem a mensagem do Evangelho”, finaliza Roberta.