Que porra de boca sem língua
Da mente que não avôa
Que vive na superfície
Que julga qualquer pessoa
Cidade se atormenta
Vivendo o mesmo dilema
Dos sonhos nunca vividos
Dos valores invertidos
Dos amores mal resolvidos
Enquanto você sufoca
O meu povo ainda respira
Impõe a ditadura
Gritando democracia
"Tapa na cara"," chute na cara "
É o que você vê na rua
O sistema se alimenta distorcendo a sua cultura
Raspas e restos interessam àqueles que não tem nada
Catando comida, brinquedo, roupas, varando a madrugada.
Minha pergunta pra você
É o que você vai fazer
Quando tiver tudo e perceber que não tem nada.
Quando for falar
Abra a mente
Antes de abrir a boca
Grito de terceiro mundo
Até que a voz fique rouca
E dizem pra você viver
De acordo com a tv
Pra ter um controle
Onde a marionete é você
O que restou do que roubaram
Assim é meu povo
Mão-de-obra camponesa
Para o seu mundo novo
Mas olhando pro sistema
Eu fico com vergonha
Legaliza a cerveja
E proíbe a maconha
Horário nobre
Como é que pode?
Eu vejo na televisão
Os comerciais dizendo
Que mulher é ostentação
Raspas e restos interessa
Àqueles que não tem nada
Catando comida,brinquedo,roupas, varando a madrugada.
Minha pergunta pra você
É o que você vai fazer
Quando tiver tudo e perceber que não tem nada.
Quando for falar
Abra a mente
Antes de abrir a boca
Grito de terceiro mundo
Até que a voz fique rouca
Composição: Bruno Rodriguez