Eu queria tanto viver em 1920
E ser um romântico ouvinte de um “como tem passado”
Caminhar nas ruas de pedra, andar de cartola e bengala
Sentar na mesinha da sala e escrever para o ser amado
Usar cabelo curto
E ser um homem culto
Que vive a confabular
Será que eu não pertenço ao passado?
Será que eu vivo no mundo errado
Será que eu vou ter que voltar
Pra poder te conquistar
Eu queria tanto poder conhecer os meus antepassados
E às noites poder declamar um poema decorado
Caminhar nas ruas de pedra, andar de cartola e bengala
Sentar na mesinha da sala e escrever para o ser amado
Viajar de trem ou de bonde
Viajar, não importa pra onde
O importante é viajar