No lixo dos quintais
Na mesa do café
No amor dos carnavais
Na mão, no pé
Oh ! Tu estás, tu estás
No tapa e no perdão
No ódio e na oração
Teu nome é Iemanjá
E é a Virgem Maria
É Glória e é Cecilia
Na noite fria
Oh ! Minha mãe, minha filha
Tu és qualquer mulher !
Mulher em qualquer dia
Bastou o teu olhar
pra me calar a voz
De onde está você
Rogai por nós
Oh ! Minha mãe, minha mãe
Me ensina a segurar
a barra de te amar
Não estou cantando só
Cantamos todos nós
Mas cada um nasceu
com a sua voz
Oh, pra dizer, pra falar
de forma diferente
o que todo mundo sente
Segure a minha mão
quando ela fraquejar
e não deixe a solidão
me assustar
Oh ! Minha mãe, nossa mãe
E mata a minha fome
nas letras do teu nome
Oh, Minha mãe, nossa mãe
E mata a minha fome na glória do teu nome