O jeito despretensioso, a melodia e a poesia simples e bem escrita são as principais características do samba de Rafael de Moraes, este carioca que nasceu na Vila Cruzeiro no Complexo de favelas do Alemão, em 1984, vem conquistando por conta própria seu espaço no cenário musical.
Rafael de Moraes, que tem um brilho diferente no olhar, de quem só quer mostrar que a cultura, o talento e a música brasileira de qualidade ainda sobrevivem.
Preocupado com as raízes e a tradição daquele que é o mais brasileiro de todos os ritmos, foi Finalista do Concurso de Novos Talentos do Carioca da Gema 2011, aprimorou-se na Oficina de Choro da Escola Portátil, na Uni-Rio, com Luciana Rabello e Jaime Vignoli, passou também pela Escola de Música Villa Lobos e estudou harmonia no CIGAM, sem falar de seu laboratório pessoal, pela Lapa, morros, favelas e rodas de samba de sua cidade.
Foi um dos fundadores do movimento de preservação do samba Pagode da Arruda. Tocou no grupo Rumo Certo, por onde já passaram: Diogo Nogueira, Marcel Baden Powell, Cauê Harada, Inácio Rios, entre outros.
Com Marcelle Motta, Daniel Aranha e Felippe dos Santos, também criou o grupo Samba Urbano.
Com seu cavaquinho já acompanhou nomes como: Monarco, Nelson Sargento, Noca da Portela, Walter Alfaiate, Diogo Nogueira, Vó Maria, Gisa Nogueira, Xangô da Mangueira e Ivone Lara.
Hoje, com a experiência adquirida ao longo dos anos, aliado ao talento, o artista investe em sua carreira solo, pesquisando e montando um repertório que tem como principal comprometimento preservar o que há de melhor na música brasileira.
Sem padrinhos, sem jabá, sem invenção de moda. Samba puro e simples, inspirado no que há de melhor no ritmo. Samba cru, antigo e novo ao mesmo tempo, sem grandes revoluções - porque aí está a graça da música - mas repleto de inovações.