Boi, boi, boi, boi da cara preta
Pega esse menino que tem medo de careta
Boi, boi, boi, boi da cara preta
Pega esse menino que tem medo de careta
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse playboy que tá na mira da escopeta
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse burguês que discrimina a raça negra
Não é a mamãe playboy, mas vai dormir neném
Papai tá na mira da Glock e a mamãe também
Desde os tempos de palmares que tem essa porra (boi da cara preta)
A canção de ninar mudou, na base da escopeta
Malfeitor chicoteou, sinhá-moça sentiu pena
Os capitães-do-mato matou zumbi na base da ferramenta
Seguiu a saga, da musiquinha de merda racista
Tá enrascado playboy, já tô com a minha alforria
Salve bimba, pastinha, sabe quem é? Não!
Mais um motivo pra morrer e subir que nem balão
Bandido de clava preta é tipo boi bandido
Depois que cai nóis pisa, pisa pra terminar o serviço
Faço jus a canção, preconceituoso de bosta
Tá gostando do cativeiro? É a senzala de agora
Onde o tronco é a cadeira, onde a chibata é a escopeta
Onde a corrente é arame farpado, ligado a cerca
Já fez um pedido pro papai do céu? Então faça!
Peça perdão por seu racismo, quem sabe ele te salva
Chama o ferreiro, traga o ferro em brasa, com a logo cts
Vai pro inferno marcado, tatuado com a minha tag
Oito anos molecada, essa guerra é nossa
Cansei de boi da cara preta pra dormir era foda
Hoje os crioulos tá no comando de canção de ninar nova?
Bandido de clava preta e o boy morto, ensacado no rio de bosta
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse playboy que tá na mira da escopeta
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse burguês que discrimina a raça negra
Os palhacinho assassino agora é bandido de clava preta
Guilhotina tá afiada, pra cortar sua cabeça
De campana carrasco, a procura da janta
De faca na garganta do boi, da cara branca
Tá preparado o cativeiro hoje você vai
Contato gueto de capuz, homem de preto, bagdá
Vai pro tronco malfeitor, que chicoteou infrator
Capitão-do-mato rua do playboy, defensor
(Ban, ban, ban, bandido de clava preta)
Boy, tá na mira da minha escopeta!
(Ban, ban, ban) aqui é o palhaço assassino
De rosto maquiado pra acabar com o seu racismo
Negro escravo sofreu na mão dos justiceiros
Capitães-do-mato, malfeitor, carniceiro
Hoje é viravolta, máfia sem apoio da cruz vermelha
Cartel criminal, bandido de clava preta
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse playboy que tá na mira da escopeta
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse burguês que discrimina a raça negra
Boi? Não! Bandido de clava preta
Tem farejador no rastro de fuzil, escopeta
No cativeiro moderno não se usa mais chibata
Caipira pirapora, pólvora que sai da bala
Se não pagar o resgate vai gozando outro herdeiro
Os caniba abate a carne, a revolta, vem do berço
Vai pisar com boot, masca petisco o próprio enterro
Lei do crime não é creme, crioulo, que cê criou
Desde os campinhos de terra, do nariz escorrendo
Pés descalços, sonhando em ser jogador, oh, vai vendo
Conheceu a gíria e o crime, começou almejar as fita
Deixou de ser curupira, hoje cata as avenida
As gargantilha, deixando sangue de verme no piche
Famoso 157, catador, palhacinho do crime
Não é mais fantoche do sistema, criança esperança
Hoje pega um quilo e pesa na balança
Boy, boy, me ajuda por gentiliza
-Sai de perto preto, fedido, da minha mesa
O mundo gira né boy? E as pedra bate
O fedido hoje tá de clava, boy, boa viagem!
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse playboy que tá na mira da escopeta
Ban, ban, ban, bandido de clava preta
Pega esse burguês que discrimina a raça negra