Se eu um dia não voltar
Desenha o meu nome no chão
Pede um desejo ás ondas do mar
E guarda na tua mão
Sempre que a noite vier, quando não houver luar
Dá o desejo a uma onda qualquer e pede-lhe para eu voltar
Trago o destino das águas
No aguardar dos rochedos
Dizem que o tempo é que apaga as mágoas
Quem será que apaga os medos?
O mar não é de ninguém
Ninguém é dono do mar
Nem aqueles que lá sabem navegar
O mar não é de ninguém
Ninguém é dono do mar
Nem aqueles que lá sabem navegar
E se depois eu vier
Foi porque o mar te escutou
Deixa os sorrisos correrem pela praia
Que o temporal acabou
Que havemos nós de fazer
Se a sorte está decidida
As mãos que nos têm presos a morte
São de quem nos prende à vida
Trago um coral de ansiedades
Por te querer saber deitada
Maior que a dor que vem nas tempestades
Ter de esperar pela chegada
O mar não é de ninguém
Ninguém é dono do mar
Nem aqueles que lá sabem navegar
O mar não é de ninguém
Ninguém é dono do mar
Nem aqueles que lá sabem navegar
Vou embalado pelo vento
Ando sem hora marcada
Na barca anda um lamento
Que nem eu sei de onde vem
Andam rezas pela praia
A aguardar pela chegada
Faz-se o destino cinzento
Sempre que a barca não vem
E ninguém, e ninguém
O mar não é de ninguém
Ninguém é dono do mar
Nem aqueles que lá sabem navegar
O mar não é de ninguém
Ninguém é dono do mar
Nem aqueles que lá sabem navegar
O mar não é de ninguém
Ninguém é dono do mar
Nem aqueles que lá sabem navegar