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A Milenar Arte de Meter o Louco

Projota

Aquece o motor, vai voar
Abre o capô, pra causar
A gente faz o que quer
A gente faz o que der
Com o que tem, vem que vem
Essa é a milenar arte de meter o louco, ôu
A arte de meter o louco, o louco
A arte de meter o louco, ôu
A arte de meter o louco, o louco

Só peço dez minutos de paz
Pra cada dez horas de guerra
Tive que ser forte demais
Pra enterrar minha mãe nessa terra
Acho bom cês cuidar da saúde
Vai dar tilt no seu miocárdio
Tamo em 94, o meu nome é Romário
Vocês chamam Roberto Baggio
Louco, louco, quando resolvi fazer meus rap
Me disseram que eu era louco, louco
Mano, você só vai passar fome que rimar no microfone
Nunca vai te dar um troco, louco
Acho louco que eu meti o louco e calei todos eles de vez
Hoje eu tô limpando o meu terceiro disco de ouro e pensando em todos vocês
E vocês? Se eu fosse vocês apostava todas suas fichas em mim
Porque se eu contar seu futuro, cê vai preferir que esse rap não chegue no fim
Eu cresci sempre ali, tipo dalit
Hoje aqui, Cherokee tá no Valet
Certifique-se que esses negros merecem ter din
Pra assim ter no fim muito mais do que Jequiti
Sou folgado, sou fora da lei
Meu sonho de voar me deu asas
Eu sonhava em voar e voei
Hoje eu dou workshop pra Nasa
Se a cidade é selva, eu sou rei
Rei da selva, filho de Mufasa
Seus medos são lei do silêncio e eu sou pancadão na porta da sua casa

Aquece o motor, vai voar
Abre o capô, pra causar
A gente faz o que quer
A gente faz o que der
Com o que tem, vem que vem
Essa é a milenar arte de meter o louco, ôu
A arte de meter o louco, o louco
A arte de meter o louco, ôu
A arte de meter o louco, o louco

Tava fácil demais pra vocês
A gente nem tinha apostila
Seus amigo levava lancheira
Os meus carregavam oitão na mochilha
Do aluno presente, muleque de vila
Louco e pesado, pique J. Dilla
Meu nome é Khal Drogo
Eu vim pra reinar
Se quer meu lugar, entra na fila
Tudo vai passar, meu pai me dizia
Com a mente lotada e a geladeira vazia
Polícia me enquadrava e eu não entendia
Meu desacato era que eu ainda vivia
Meti o louco memo, ouvindo Bob Marley
Com cap da Fubu e blusa da Stanley
Tô pique Harlem, não guenta, parem
Namoro com essas rimas, hoje eu tenho um harém
Tic-tac, tic-tac, onomatopeia
Aqui é clic, clac, piripaque, é poucas ideia
Tô pique Big e Pac, Big e Pac, essa é a odisseia
Portanto fique craque, fique craque, ou vá pra plateia
Porque
Eu canto porque ainda tenho muito pra falar
Eu ouço porque ainda tenho muito pra aprender
Meter o louco foi a única forma de chegar
A arte milenar que faz o fraco vencer
O bonde tá partindo, não vai se atrasar
A corrida é só pra quem sabe correr
Seu cérebro é foda, ele te faz sonhar
Mas seu coração faz viver

Aquece o motor, vai voar
Abre o capô, pra causar
A gente faz o que quer
A gente faz o que der
Com o que tem, vem que vem
Essa é a milenar arte de meter o louco, ôu
A arte de meter o louco, o louco
A arte de meter o louco, ôu
A arte de meter o louco, o louco

Composição: Pedro Luiz Garcia Caropreso/Projota/Luiz Ricardo Santos/Dan Valbusa





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