Thales:
Sociedade que quer lutar por direitos humanos
Mas usa a marca que escraviza humano pra costurar uns pano
Leva a entender, não
Se surpreender, não
Na falta de argumento, mando o mundo se foder
Protege os beagle na internet mas come churrasco aos domingos
Ama quem tá perto mas na primeira oportunidade ignora o mendigo
Juro que tento e não consigo separar o João do trigo
Mas pra ver que no final trigo oferece mais perigo
Ocultismo prova que esse mundo é mágico
É, Drummond seria cômico, se não fosse trágico
Falar de ostentação pra mudar de assunto
Mas esquece que para cada Mizuno comprado
Maluco enterraram um defunto, ó
Por isso a paz e a utopia já secaram a toda da fonte
Teto de vidro irmão, agradece que seu teto não é uma ponte
Isso aqui é regressão se revolução for por ganância
Põe na balança, o destino assassina a esperança
Num país onde se compra bala no lugar de giz
Onde as bomba fala o que eu sempre quis dizer
Pra esses filhos de uma pátria, filhos de uma puta
Devolve o Brasil pros índio e depois pede desculpa
Leal:
E eu ouço berro vários gritos pelos becos
Fruto de o mal plantado em solo de corações secos
E sempre me ferro se acredito que não perco
Se não deixo o ego de lado e questiono a mim mesmo
É melhor mudar e afrontar os medos
Servir de exemplo uma vez e parar de apontar o dedo, Jão
Quem mente também se ilude, então
Não seja belo nas palavras e podre nas atitudes
Igual quem governa essa terra parada que nunca dá nada pra nós
Promessas a beça, solo infértil, povo sem voz
Asfalta mas falta árvore um pouco e nós não respira
E os culpados ocultos em meio a tanta mentira
Ó, latiram os cães de guarda
Tá na sua hora de atirar e tirar sorriso de senhoras
Que antes sorriam com o filho e agora chora
Porque esqueceu de avisar que o mundo é cruel lá fora
E o ser humano caminhando pro fracasso
É fácil de fazer guerra e impossível de dar um abraço
E o que eu queria não é quase nada
Que toda infância fosse feliz
As crianças não são culpadas
E eu confesso, já fui de ignorar e não perdoar
Até ver que não consigo nada sem me esforçar
Aprender meu aprendizado
Justiça não é achar culpado
E assim corrigir o erro sem ter erros pra somar
Porque foi um dois, relógio parou
Mais horas passou
Tempo ficou e tu se perdeu
O homem cresceu e seu ego fez com que
Seu habitat aguentasse tudo isso
Um trago da vida, um gole da morte
Pra sobreviver aqui cê tem que ser forte
Gali:
Como será que seria
Se a ironia e covardia da raça humana e da policia não existisse?
Imagina só como vai ser e como seria
Se a semente da malicia não tivesse nem brotado no solo sagrado
Trabalhador oprimido vivendo pra manter o luxo do chefe de Estado
Eu quero olhar pra longe não ver prédio vindo do tédio
Além do horizonte Deus tá o dom de ver alegria nos pequenos atos
Aprendemos com o tempo que passa raças se mata solta nas favelas
Tempos modernos demônios de terno
Sistema procria injustiça e prospera miséria
E moram sequelas, só não enxerga quem não quer ver
A noite é macabra, são corpos
E os robocops tão por ai querendo agir
Acima da lei divina ninguém fica
É, um trago da vida e um gole da morte
Pra sobreviver aqui, cê tem que ser forte
Raillow:
Noites viradas e eu não entendendo nada
Minha visão quebrada, isso é tudo que eles queria
E o sangue ferve enquanto a madruga esfria
Esse é o rap e seu cenário
(Copos cheios, corpos nus e mentes vazias)
Capitais pras capitais, tormento em hospitais
Povo sofrendo com o aumento dessas multinacionais
E há tempos que investimentos vendo não tá tendo mais
Mentiram em nossa mira em propagandas eleitorais
É entupido cimento e o desenvolvimento de mil arsenais
Sociedade com dores causadas pelos novos senhores feudais
Essas regras é irritamento, irrita memo
E eu enriquecendo pra foder autoridades nacionais
Ai, vai que aqui é facção mental
Sobe o morro e avisa o dono que moiou geral
Se for ver, se foder virou normal
E um mundo que o ser humano te acusa de tudo, sem ter moral
Makalé:
É a era medieval em plena era digital
Animal que persegue o igual movido a motivo individual
Egocentrismo com isso com forma literal
Concorre falência com desavença acaba no Click e tchau
E Manipula massa consumista burra consome a moda
Posturas viram montanha russa mas como o erro não tá só na Copa
Boca aberta proíbe a erva alega não existe pra droga
Pra perna pra quem nem sabe que Brasil é com S, motherfuckers
Ei você, sim você, me explica, não consigo entender
Como vencer se ninguém ganha quando alguém tenta perder
Porque eu não sei, juro não sei então sua consciência pesa
Uma voz sussurra ao pé do ouvido como se fosse uma reza
Aqui a maioria hoje em dia ta tipo mulher de Jó
Só reclama, não ajuda, suga e vaza quando cê ta na pior
Mas hoje entendemos que nada poderemos se não aprendemos o que é o amor, ninguém vai precisar inventar onde é foda
O futuro não será que igual o do Exterminador
E eu vim pra ser Luther King mas por aqui só aumenta o score
Poderoso até riu, metralham o menor na quebra dando fuga dos corpos
Paredes aqui tem ouvidos mas não pra escutar os gritos
Dos 5 que foram abordados e depois disso, hoje estão desaparecidos
Porque foi um dois, relógio parou
Mais horas passou
Tempo ficou e tu se perdeu
O homem cresceu e seu ego fez com que
Seu habitat aguentasse tudo isso
Composição: Makalé / Thales / Gali / Leal / Raillow