Num domingo de baile campeiro
Como aqueles que outrora se vai
A peonada apronta os aprontes
Mas apontam as barras do dia.
Pingos Buenos de cascos grozeados
Aperagem trançada a capricho
Pilchas novas e botas lustradas
Rumo ao baile a buscar um cambicho.
Corredores se fazem artérias
Convergindo pra mesma emoção
Um surungo campeiro e serrano
Num domingo qualquer do rincão.
Mal o sol sangra e a tarde se esconde
Pra o infinito acender seus lampiões
Se entreveram bailando os gaúchos
Numa mescla de três gerações.
E a cordeona que geme num canto
Num estilo de fazer escola
Vai soltando bugios galponeiros
Pelas mãos de um gaiteiro pachola