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Marcas

Petrichor

E não há marcas pra viver
Não existem macas pra minha dor
E não há nada a dizer
Quero esquecer do que for
Pra me esquecer do que for
Meu amor

Liga no sonho
Eu componho pela metade
De marcas de dias cinzas
E versos inabaláveis
De frases incontroláveis
Em tracks tão perecíveis no inverso
Veja meu signo
Num verso eu me sinto digno e peço
Que o resto atinja o universo
Confesso que em alguns metros
Dessa sanidade
Me envolvem pela metade
Me esqueço
Que não me atinge o começo
Falta verdades, coragem
Não tá existindo por aqui, cai chuva

Chuva cai bem
Minha chuva vai e vem
Meus olhos gritam
Minha boca cala
As marcas vão e vem
Num núcleo contra o bem
E sei que às vezes também
Eu não entendo essas marcas

Eu vi as páginas queimarem
A estrutura desabar
Vi átomos se desfazerem e em energia nuclear
Reflexão enraizada à moda antiga
Desliga o wi-fi, correu atrás de um propósito pra vida
E não importa o que digam
Acredite no seu norte
Hoje tô velho pra largar meus planos ao azar e à sorte
Comecei agora como se real fosse
Daqui a um ano você vai querer ter começado hoje

Linha do tempo real
Brilhava como cristal
A falta de empatia cria - lima o conceito final
Ideia que me oponho
Muleque tem pai e mãe mas nenhum deles acredita nos seus sonhos

Chuva cai bem
Minha chuva vai e vem
Meus olhos gritam
Minha boca cala
As marcas vão e vem
Num núcleo contra o bem
E sei que às vezes também
Eu não entendo essas marcas






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