O escuro que cobre de medo e incertezas o oculto, se desfaz
E logo começo a perceber que a mente sobe
Sobre a noção do tempo e sobre a ideia de estarmos separados em vários corpos
Somos todos um
Ao fechar os olhos mergulho nas imagens que surgem espontâneas de passados distantes
Lembranças reprimidas e assim do nada explodem
Em catarses me encontro olhando no espelho (vejo os cacos) da minha alma (se juntando)
Mas já não temo, pois eu não sou eu, quando sou tudo
Os demônios estão dentro da mente, mas os anjos também vivem aqui
Posso sentir o meio com densa energia, às vezes agradável
Às vezes opressora, mas já não considero que são superiores os que se acharam, dos que ainda estão perdidos
Todos que procuram, um dia vão entender, que o sentido da existência pode ser tudo que quiser, tudo que te faça ser um só com a experiência e o ego transcender
Viva como se houvesse um final
Composição: Lucas Guerra