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Rio Guri

Pedro Ortaça

Como pode um rio que anda dentro da gente, parar?
Mistérios que a gente explica quando sabe imaginar!
Nasci à beira de um rio
Fui guri em suas margens,
Levando Barcos de sonhos por fantasiosas viagens!

Fui pescador, fui balanseiro, marinheiro e capitão
Fui tudo e fui mais um pouco no meu reino de invenções!
Contrabandeei de mentira em noites que imaginei
Bolacha, azeite e farinha, cruzadas fora-de-lei!

O rio rela ficou longe e eu longe desde que vim,
Mas meu rio de infância e sonhos não Morreu dentro de mim!
Como pode um rio que anda dentro da gente, parar?
Pra quem teve um rio na infância nem carece de explicar!

Composição: Aparicio Silva Rillo, Pedro Ortaça





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