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De Cerne E Pedra De Taipa

Pedro Ortaça

Eu venho dessas estâncias, dos mangueirões campo a fora
Quando se ergueram as estâncias que são taperas na história
E fiz à ponta da lança , o que o Rio Grande é agora.

Já me deixaram de fora dos risco de tordesilhas
Quando as distancias de outrora eram cortadas a quilhas
Mas me forjei campo a fora e arrebentei as presilhas.

Passei por tantas peleias que nunca foram descritas
Nas reduções, nas aldeias por esta pampa infinita
Por isso trago nas veias o que morre e ressuscita.

Sou feito dessa mistura de cerne e pedra de taipa
A legenda que perdura da odisséia farrapa
Pois eu mantive a figura do Rio Grande no mapa.

Falado:

Passei por tantas peleias que nunca foram descritas
Nas reduções, nas aldeias por esta pampa infinita
Por isso trago nas veias o que morre e ressuscita.






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