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Dos Sonhos Que Invento

Pedro Munhoz

Os versos do poeta,
O espelham e refletem,
As coisas de seu mundo,
De sua alma inquieta.
Por isso é que os poetas,
Um tanto visionários,
Extraem coisas belas,
Dos lances mais fecundos
Porém jamais esquecem,
De delatar delírios,
Cruéis e degradantes,
Do torto submundo.
Nem todo verso é tão belo,
Quando ele chega no fundo.
Se existem versos singelos,
Existem versos imundos.
Frutos de um tempo sem glória,
Frutos de um tempo sangrento.
Manchas de dor, nossa história,
Aberta à força dos ventos.
Poeta que tem memória,
Que tem olhos atentos
Não mente para o seu povo
Como nos sonhos que invento.
Não mente para o seu povo
Como nos sonhos que invento.
Não mente para o seu povo
Como nos sonhos que invento.

Composição: Alvaro da Cruz Barcellos/Pedro Munhoz Barbosa Filho





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