Benedito Seviero / Rancheiro
Pedro Bento & Zé da Estrada
Toada
Este sertão conheço a casco de cavalo
Conheço o rio desde a foz até a nascente
O descanso vai até o cantar do galo
O meu trabalho vai até o sol poente.
Agora vejo o oficio de peão
E após dias vai se transformando em nada
Porque a estrada de tirar boi do sertão
Em muitos trechos já estão pavimentadas.
Este é meu ultimo transporte de boiada
Eu vou levando o meu último cargueiro
Entre os peões transitaram nessa estrada
Eu sou o último peão de boiadeiro.
Não vou deixar me bater com o progresso
Sou obrigado a acompanhar a evolução
Homem de fibra não se entrega ao insucesso
Vou tirar a carta de chofer de caminhão.
Se nessa estrada sou o último peão
Na nova estrada poderei ser o primeiro
Entre a velha e a nova profissão
Transporto gado no expresso boiadeiro.