Ai, como eu sinto saudade do meu sertão altaneiro
Do meu rincão brasileiro onde a natureza é bela
Eu nunca mais respirei as cheirosas madrugadas
Das matas toda enfeitada com flores na primavera.
Pia tão triste o nhambu na capoeira pertinho
A noite lá no ranchinho a lua clareia o chão
Canta o galo de manhã, o mestre madrugador
Canta cigarra com ardor nas tardes quando é verão.
Hei de rever meu sertão, o sabiá sonoroso
Ouvi o barulho gostoso das águas na cachoeira
Um filho sempre enaltece a terra onde nasceu
E dói feliz e sofreu lembrando a vida inteira.
Chego a sonhar com a boiada passando lá no estradão
O pó subindo do chão vermelhando a paisagem
Das coisas do meu sertão confesso que não esqueço
Ao sertanejo ofereço esta sincera homenagem.